GERENCIAMENTO DE PROJETOS

Este ambiente é destinado a oferecer esclarecimento sobre o gerenciamento de projetos com dicas e experiências pessoais.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

GESTÃO DE PROJETOS COMO A CIÊNCIA MAIS ANTIGA - PARTE 1

“No princípio Deus criou os céus e a Terra”, afirma o primeiro versículo da Bíblia (Gn 1:1), que informa a primeira característica da personalidade divina – ser o Criador! Ao escrever o Gênesis, Moisés nem sabia que estaria dando os primeiros passos na cultura do gerenciamento de projetos. O primeiro livro do Pentateuco, em seus três capítulos iniciais, nos ensina sobre os conceitos básicos de gerenciamento de projetos, senão vejamos: a) EXPLICAR O OBJETIVO: É preciso ter objetivos claros. Assim, temos que o objetivo era: Criar a Terra e os seres viventes; b) A NECESSIDADE DE UMA FORTE MOTIVAÇÃO: “A terra era sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo” (Gn 1:2). A motivação de um projeto é o ponto em que se discorrem motivos para a execução do objetivo proposto; são os eventos que ocorrem devido à existência de determinado problema, pela identificação de uma melhoria ou empreendimento ou, ainda, aquilo que motivar o financiador do projeto; c) A PRESENÇA DE UM ESCOPO DETALHADO: O escopo de um projeto é descrição do que se deseja obter; a relação detalhada do que se deseja ou das características de um produto ou serviço. O texto de Gênesis, dos versos 3 a 31, revela as características do produto, ou seja, poderíamos dizer que Deus queria criar a Terra com as seguintes características: deveria ter luz; firmamento no meio das águas; deveria ter terra seca, deveria ter plantas e animais e assim por diante; d) DEFINIÇÃO DOS RECURSOS ENVOLVIDOS: Em um projeto, precisamos identificar a equipe envolvida e se Deus fosse o cliente/patrocinador ou financiador, O Senhor Jesus seria o Gerente do Projeto e o Espírito Santo seria o executor desta grande obra; e) REUNIÃO DE PARTIDA (Kickoff Meeting): Todo projeto precisa ter um ponto de partida que é uma reunião formal para dar início ao projeto com todas as partes envolvidas. Foi o que o Senhor Deus a partir do verso 3: “Disse Deus: haja luz”; f) CRONOGRAMA: O projeto é um esforço temporário para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. O texto poético afirma que o Criador fez a Terra em sete dias (tempo de Deus) e, assim, definindo cada etapa de um cronograma; g) CONCLUSÃO: No cronograma precisamos definir os marcos de entrega para que o cliente valide cada etapa concluída. É o que acontece com a expressão divina “E viu Deus que era bom”, ou seja, na conclusão cada dia/etapa da criação, Deus (o cliente) aprovava a conclusão de cada pacote de trabalho e, por fim, o projeto final: “E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom”. Era o sexto dia e no sétimo ele descansou. É possível concluir que a gestão de projetos, como disciplina intuitiva, já era aplicada em diversos campos de atuação, incluindo a organização das sociedades primitivas na busca do suprimento de suas necessidades de segurança, alimentação, vestuário, construção, engenharia e atividades militares, por exemplo.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A Lei de Murphy no gerenciamento dos projetos

A primeira Lei de Murphy, elaborada por Edward A. Murphy, afirma que se existem duas ou mais formas de se fazer alguma coisa e uma das formas resultar em catástrofe, então alguém a fará da forma errada. A Lei de Murphy surgiu exatamente em um ambiente de gerenciamento de projetos quanto o Engenheiro Edward A. Murphy trabalhava nos experimentos de foguetes que seriam realizados pela Força Aérea Americana em 1949. Naquela época tratava-se do projeto MX981, para testar a tolerância humana à aceleração. Basicamento o projeto era um experimento envolvendo pessoas na forma de cobaias onde as mesmas deveriam colocar determinado sensor da forma correta. Haviam duas maneiras pelas quais cada sensor podia ser colado em sua base e somente uma era a correta. De acordo com a lei das probabilidades, todas as peças foram fixadas de maneira errada, dai que surgiu o princípio de design defensivo, ou seja, se realmente importa que determinada peças seja conectada da maneira correta, seu design deve ser assimétrico para que ele não possa ser conectado da maneira errada Depois de alguns anos muitas foram as variações populares da Lei de Murphy, do tipo: “Se alguma coisa puder dar errado ela vai dar errado e da PIOR maneira possível", ou "O pão sempre cai com a manteiga para baixo". Ainda se costuma dizer que “Toda vez que você sai de guarda chuva, não chove e basta você esquecê-lo que cai o maior toró?” ou ainda “no supermercado a sua fila é sempre aquela que anda mais devagar”. Estas situações não são coincidências, são apenas a comprovação da inevitabilidade da Lei de Murphy. Seguindo o princípio do design defensivo, faz-se necessário o uso de padrões em projetos para obrigar as pessoas a fazerem da maneira correta, ja que a Lei de Murphy atua em qualquer embiente, principalmente em projetos. Quando não existe o planejamento em um projeto, é muito certo que as coisas darão erradas. A Lei de Murphy não deixa de existir ainda que se tenha realizado o devido planejamento, entretanto, pode reduzir as margens de erro. Na gestão de projetos podem ocorrer dificuldades na mudança do escopo, isto é, quando é solicitada uma mudança que crie impactos significativos ao projeto; na falta de recursos; na comunicação que é a principal base de gerenciamento de projetos; nas estimativas originais muito otimistas; nas dificuldades técnicas inesperadas e por ai vai. Temos aprendido que toda organização precisa de um planejamento estratégico que deve orientar a programas e projetos que devem ser tratados por meio de uma metodologia padrão, objetivando a eficiência e eficácia dos resultados, bem como o de oferecer a mesma linguagem corporativa. O que falta, na maioria dos casos, é um bom gerenciamento de projetos. Fernando dos Santos Moreira Júnior Assessor do NIC/MURAKI É estudante do curso MBA em Gerenciamento de Projetos pelo ISAE/FGV